Solares e Casas Senhoriais

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Casa Solar dos Morgados do Fontão
A fachada da casa é curiosa. A varanda alpendrada com arcarias no primeiro pavimento e a escada exterior dão-lhe interesse e um certo «ar» que quebra a monotonia das construções da povoação.
Entre várias peças de mobiliário que se guardam nesta residência merece particular referência uma cómoda de pau rosa do séc. XVIII, portuguesa.
 
Casa Solar dos Teixeiras
Alqueidão-Pias
Na estrada de Tomar no lugar de Alqueidão das Pias encontramos este edifício antigo que foi modificado ultimamente. Sobre a porta principal está o brasão dos Teixeiras (uma cruz chã e sobre ela uma banda carregada de arminhos). Timbre um animal semelhante a um cavalo.
 
Solar dos Cotrims
Souto da Ereira
Esta antiga casa fidalga no lugar do Souto da Ereira é uma velha edificação do tipo rude dos solares quinhentistas do concelho, feita com xistos sobrepostos, cingidos por cunhais, vergas e ombreiras de pedra calcária. A escada é exterior. Há bastas dependências rurais, anexas, cobertas de telha vã. No interior grosseiras chaminés de aquecimento. Na fachada exterior, largo brasão ornamental, de mármore lavrado (Cotrins) embutido nos xistos do paramento. Toda a pedra de armas é delicadamente lavrada.
 
Casa Nobre da Quinta das Courelas
Paio Mendes
No lugar de Paio Mendes, na Quinta das Courelas, encontramos esta residência fidalga da região do Zêzere, modificada por sucessivas transformações. Tem junto uma ermida dedicada a S. Luís. Na verga da porta está a data de 1628.
Entre o recheio do solar, além de vários móveis antigos apreciáveis há duas peças de mérito uma delas magnífica e rara, a saber:
a)Uma salva de prata batida, de bordo gomeado, com animais em relevo, um no centro e quatro em redor. A marca é de Lisboa.
b)Tapete persa do fim do séc. XVI: Fundo carmim e barras azul escura. Decoração de ornatos do tipo habitual. Os castanhos, como de costume desapareceram.
 
Casa Solar dos Senhores do Vínculo da Frazoeira
Frazoeira
Construção modernizada, com capela adornada de coro púlpito, etc., mas sem projecção de carácter religioso para o exterior.
No corpo da ermida há um silhar de azulejos de figuras e ornato (azuis e brancos), aqueles na parte superior, formando painéis e estes fazendo o rodapé. Os quatro que perduraram representam passos da vida de Santo Onofre, S. Bento, Santa Genoveva e Santa Maria Madalena.
O tecto da capela é de caixotões lisos, pintados de ornatos policromos emoldurando símbolos religiosos. No caixotão central, sobre o coro, está o brasão dos fidalgos: escudo com as armas dos Queirós, Sousas, Melos e Vasconcelos. Este brasão foi pintado posteriormente à decoração da capela dado que o dito brasão foi concedido a Higino Oto de Queirós e Melo em 8 de Maio de 1859.
O retábulo do altar é de talha setecentista. No nicho há um Crucifixo e um grupo da Sagrada Família com mãos, pés e rostos de marfim e com os corpos em madeira.
Nas paredes laterais da Ousia há dois quadros de pintura a óleo sobre tela, provavelmente cópias, um com uma Virgem e outro com o Santo Onofre. Este Santo Onofre deve ser cópia da tela de Domingos António de Sequeira, que está no Museu Nacional de Arte Antiga.
Entre o recheio desta casa nobre registaram-se as seguintes peças:
a) prato de terrina de porcelana do Japão
b) Travessinha de porcelana da China, com um «pato» policromo no fundo e guarniçãode aves e flores.
c) Travessa e vários pratos e travessinhas de porcelana da China com a aba guarnecida de carmim e violeta e ramo de flores policromo no fundo
d) Canudo de porcelana da China com decoração policroma de flores.
e) Salva de prata cinzelada. Obra setecentista sem marca. Boa peça.
f) Colcha de linho bordada a seda (matiz policromo).
g) Trasfogueiro de ferro forjado de tampo com a frente arrendada.

 
Solar da Família Granado, Cotrim, Carvalho e Vasconcelos
Frazoeira
Edificação existente em Frazoeira. No tecto de uma das salas com apainelados de madeira está pintado o escudo com as armas dos Granados, Cotrins, Carvalhos e Vasconcelos.
O solar tem fachada para a rua, bem proporcionado, de boas cantarias lavradas nos pilares, janela de sacada de coro, pináculos e cruz a rematar o frontão. Interiormente tem bons azulejos( pintura a azul sobre o esmalte branco ) do séc. XVIII. No corpo oito painéis figurando passos das vidas de S. Fulgêncio, S. Paulo Simplex, Santo Efrem, S: Jerónimo, S. Bernardo, S. Basílio, S. Francisco de Paula e S. Bruno, sobre rodapé de azulejos. Na capela-mor há outros dois painéis representando Jesus entre os Discípulos e S. Mateus escrevendo a Vida da Virgem, sobre um rodapé com cenas de campo e caça. No trono está uma Sagrada Família, escultura de madeira do séc. XVIII
 
Casa de Cumes
Cumes
Edificação do séc. XVIII, tem na verga da porta a data de 1723. Tem porta e janela ornamentadas com curiosos lavores na cantaria do avental da janela.
 
Casa Solar da Família Sousa Ribeiro
Bêco
No Bêco encontramos esta casa que em 1794 pertencia ao Dr. Joaquim António de Sousa Ribeiro. A fachada com portal nobre sobre o qual se apõe o escudo conserva ainda o antigo ar fidalgo. No brasão juntam-se as armas dos Sousas, dos Ferreiras, Ribeiros e Vasconcelos.
Tem uma ermida consagrada a Santo António com coro e púlpito e no retábulo do altar, a imagem do santo, escultura de madeira do séc. XVIII.
 
Casa Solar da Família Sousa e Vasconcelos
Bêco
Situa-se no lugar do Bêco. Foi fundada e edificada no séc. XVIII por Gregório Alexandre Caldeira de Sousa e Vasconcelos. É uma construção de aspecto nobre com portal brasonado (Sousas e Vasconcelos). Do recheio apenas se conservam um prato coberto de porcelana da Vista Alegre, do primeiro período, uma figura de porcelana da China e alguns móveis antigos sem destacado valor. O brasão que está na fachada da casa foi o concedido por carta de 20 de Junho de 1792 ao fundador da casa.
 
Casa do Adro
Ferreira do Zêzere
Residência particular junto ao adro da igreja paroquial de Ferreira do Zêzere. É uma edificação do séc. XVIII, dentro de um recinto ajardinado, com um alpendre de colunas sobre uma estrada velha. Tem uma capela interior com um retábulo do séc. XVIII de caixilharia doirada e espelho ladeando o trono. È dedicada a Nossa Senhora da Conceição. As imagens deste altar é em marfim, ao todo catorze, do séc. XVIII e merecem destaque uma Santa Teresa e um S. Francisco de marfim e ébano. Existe também um Cristo em marfim.
 

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